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Projetos / Escola Municipal Pedro Nava



Bruna e a Galinha D’angola


Institucional
 
Recursos Especiais em Psicopedagogia ampliada pela Antroposofia - Extra Lesson
Uma proposta de intervenção nas dificuldades de aprendizagem e em parceria com a medicina antroposófica
 
Projeto realizado na Escola Municipal Pedro Nava em parceria com a Dra Nina Brina Médica Antroposófica do Posto de Saúde da Comunidade do Bairro Pilar, Belo Horizonte, Minas Gerais.
 
Justificativa:
 
A proposta deste trabalho é conscientizar as crianças do valor das raízes negras no Brasil.

Objetivos:

  • Utilizar a argila como meio de vivenciar a modelagem;
  • Desenvolver o senso ético através das reflexões sobre o racismo e a cultura afro-descendente;
  • Desenvolver o senso estético através dos painéis feitos pelas crianças adaptados do livro;
  • Trabalhar a subjetividade e a importância do brincar e da amizade propostas pela história;
  • Socializar a produção das crianças através de uma exposição organizada por elas na escola.

Resenha do Livro:

Bruna e a Galinha D´angola
Autoras
:
Gercilda de Almeida
Ilustrações: Valéria Saraiva
 

Bruna era uma menina que se sentia muito sozinha. Sua avó veio da África e sempre lhe contava histórias. Uma que ela gostava muito era a do panô da galinha que sua avó trouxera da África.

            “Conta a lenda de uma aldeia africana que Ósún era uma menina que se sentia só e para lhe fazer companhia resolveu criar o que ela chamava de " o seu povo”. Foi assim que surgiu Conquém, a galinha d’Angola.

            Bruna então pediu a seu tio que era um bom oleiro, que lhe ensinasse a trabalhar com barro. Bruna então modelou na argila a galinha d’Angola e passou a brincar com ela.

            No dia de seu aniversário, sua avó lhe deu uma galinha d’Angola de verdade que andava e gritava:

_ Conquém! Conquém!

As outras crianças da aldeia que não brincavam com Bruna foram se aproximando dela e pedindo para brincar com a Conquém, aí Bruna arranjou muitas amigas e fizeram muitas galinhas de barro iguais a Conquém.

Um dia as crianças acharam no baú da avó de Bruna um panô que contava a lenda africana dos animais que ajudaram a Conquém na criação do mundo e de seu povo. Conquém espalhou as sementes na terra, o lagarto desceu para ver se a terra era firma e o pombo foi avisar aos outros animais que podiam vir povoar aquele lugar.

Bruna e suas amigas ficaram muito conhecidas, porque todos da aldeia se juntavam para ouvirem a história do panô.

Sua avó resolveu ensinar as meninas a pintarem tecidos, como os que ela fazia na África, isso fez com que a aldeia ficasse conhecida.

Foi assim que todas as pessoas da aldeia de Bruna decidiram torná-la mais bonita e pintaram suas casas com as cores dos panôs da galinha d’Angola.

Um dia a Conquém sumiu e todas as meninas saíram a sua procura chamando:

_Conquém, onde você está?

_Com quem nós vamos brincar?

Tanto procuraram que a acharam escondida no mato. As meninas encontraram um ninho com um belo ovo que ela protegia e chocava.

Tempos depois, cada menina da aldeia tinha sua galinha d’Angola e até hoje o povo daquela aldeia conta a história de Bruna e da galinha d’Angola para aqueles que compram os belos tecidos pintados pelas meninas.

Comentários de Antônio Olinto - Academia Brasileira de Letras

Árvores, flores, frutas, bichos – todos têm sido símbolos desde que o mundo é mundo. Seja a macieira com sua maçã inicial, seja a galinha d’angola espalhando terra para dar firmeza ao chão – todos têm representado a reverência de tempos, antigos e modernos, aos primeiros passos da raça humana.

Os negros que foram trazidos da África contra a sua vontade, há muitos anos, e aqui participaram como brasileiros, intimamente, do esforço de fazer do Brasil uma nação, trouxeram com eles suas tradições que se tornaram tradições do Brasil como um todo.

Louve-se Gercilda de Almeida por haver escolhido a bela imagem-símbolo da galinha d’angola para com ela contar, a crianças e adultos, a história de como a terra ficou segura – e de como Bruna e suas amiguinhas da grande aldeia chamada Terra se afeiçoaram à Conquém, na beleza de sua pele escura pintada de pequenas bolas brancas.
 
Veja as fotos da exposição:

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